"Nobres não são vaga-lumes, luz intermitente. São faróis mostrando o caminho para o Reino."
Esperavam com esmera certeza que o Príncipe sairia nos portões e convidaria os nobres para um tal esperado jantar. Com o coração alquebrado vestidos de ouro fino de Ofir, esperavam com muita elegância, na calçada diante do palácio, ver o Rei nos átrios. O cheiro de azeite e vinho que exalavam anunciavam que o jantar estava servido. As luzes que se acenderam nas colunas do pórtico interior refletiam sobre todas as pessoas ante o portão cerrado, Sua majestade. Cada uma carregavam a sua propria tocha, seria um evento mediterrâneo, a mistura de bálsamo do nardo puro e a atmosfera Real no coração.
De vestes nobres, ouro fino sem costura e olhar atento e sereno, alguns observavam as janelas do Castelo esperando ver alguém da Realeza, quem dera ao menos um anjo guardião, o mordomo que orientasse a postura e reverencia, fortemente exigidos naquele recinto.
É preciso acender as lâmpadas de Deus no coração, iluminar o dia de hoje, para enfrentar a escuridão do amanhã.
São luzes as atitudes de perdão, amor e compreensão. Ideias que melhoram o mundo. São luzes a paciência, a esperança e a fé. A misericórdia, a honra e a bondade. Os contrários são trevas que se dissipam.
Diferente da monarquia britânica, a Realeza divina atrasa, de fato está muito demorada, alguns súditos cansaram de esperar e suas candeias se apagaram. Precisaram emprestar dos correligionários prudentes e sábios. Mas não obtendo sucesso saíram para buscar no mercado e o Rei surgiu na sacada e os portões foram abertos. Rapidamente entrou a multidão e os guardas os fecharam e trancaram. As pessoas distraídas chegaram e não puderam entrar. Insistiram mas o nome havia sido riscado do Livro dos convidados. O castiçal havia sido retirado.
“Lembra-te pois onde caíste e arrepende-te e pratica as primeiras obras, e se não o fizer, brevemente virei até você e tirarei de você o castiçal que eu dei.” Apoc 2:5]
Todas as sentenças que a Palavra adverte é no fundo uma afirmação do que irá ocorrer se não houver arrependimento. Não podemos trocar as lâmpadas originais por luzes artificiais, novidades estranhas, como uma árvore de natal que possui luzes coloridas apenas uma vez no ano. Nesse tempo de festas, alguns cristãos tem iluminado o interior de sua casa mas nunca os caminhos dos perdidos, o foco dos opressores, o prato dos sofredores, constroem nesse tempo luzes para si mesmo.
Quando você decifra os segredos da ciência divina você acende algumas lampadas, mas os princípios cristãos serão fortemente exigidos. é por isso que a inteligencia emocional, a filosofia e a religião de mãos dadas não fizeram bonito, não mudaram o mundo. Não tiveram ideias excepcionais. Ideias são lâmpadas acesas que alumia o ambiente pesado, escuro sem oriente. Podem ser ideias claras, obvias preventivas e curativas, ou apenas fantasia e triunfalismo. Egocentrismos, decoração interior incapaz de iluminar o coração, porque o brilho está nas coisas exteriores onde o bicho come e a traça destrói. Está na glamourosa semana do ouro e prata, do champanhe e peru, na mesa posta da hipocrisia familiar e na troca de gentilezas. Cobras decoradas, sapos de cartola e muitos selfies, muitos mesmos, que provavelmente não serão vistos nem publicados. O brilho é tanto, a luz artificial é tão cara, o espetáculo se arma, mas o Rei se quer dá as caras para os que no portão, relutam.
A côrte Real de Cristo forma um corpo celeste, precisa clarear todo o universo como uma constelação, capaz de ser notícia em todo o Reino e isso trará o Rei até os portões.
Um castiçal possui sete lâmpadas porque representa a perfeição, a totalidade, a plenitude da luz e da verdade.Se você julga o irmão, uma lâmpada se apaga. Se você fala mal de um amigo ou um ungido de Deus, outra lâmpada se queima. Se você paga o bem com o mal, mais uma lâmpada se apaga. Se você julga criminoso a quem Deus julga um escolhido, uma lâmpada importante se quebra. Se você acha que pode destruir um castelo edificado sob a Vontade de Deus, pode ter certeza que o seu castiçal inteiro já está apagado, você tocou nas meninas dos Olhos Dele, Você está em perigo, brevemente o anjo virá tira-lo da sua mão e leva-lo para outro templo. Templo que é voce mesmo.
Um nobre sabe quando suas lâmpadas se apagam. Quando o azeite termina por conta da imprudência, a ambição de ter a melhor lamparina e esquecer do azeite que é o mais necessário, se declinando da luz, voltando à plebe, desaparecendo do meio da Realeza. É Realeza os que estão nos portões com azeite e luz para si e para os povos. São príncipes os que conhecem os segredos do Rei, são homens que importam com a Gloria e não com o sangue. A vigília pode ter poucos envolvidos, mas sua importância fará a diferença no palácio.
A Luz será vista através da implantação da verdade Divina, não está nas verdades filosóficas, teóricas e literárias. Luz tem a ver com espírito não com carne. Deus não se manifesta através da carne, da faculdade mental e academica de um individuo, mas sobre o espírito quebrantado e fome de justiça, e revela seu Reino.
As pessoas iluminadas afinal, esquecem que são a Luz do Mundo quando atravessam a nuvem de fuligem. Esquecem porque distraem com luzes artificias da noite escura, o Neon da madrugada, ofuscando o pensamento e borrando a visão. Pessoas que ja foram melhores, porque viam estrelas no céu se colidindo revelando que elas e Deus se pertenciam, havia uma aliança com Deus, mas agora veem o neon sobre o copo cheio, e o vazio lhe esmaga a alma.
Que Nestas Festas, você esteja nos Portões com seu candelabro aceso. Mantenha o azeite.
BOAS FESTAS! BOAS BODAS!
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