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NOSSA BANDEIRA É REAL

O patriotismo não podemos negar, é um ato popular! A lealdade a uma nação é visto como uma ferramenta importante e fundamental no mundo inteiro, pois fortalece o Estado e cria o espirito nacionalista no individuo e não há nada de errado com isso. 

Muitos cristãos pensam que é importante ser patriota. Muitas igrejas exibem a bandeira nacional de seu país e fazem isso na eminencia de chamar o “espírito patriotismo” para dentro de sua já pacata forma de viver.

O patriotismo é perigoso porque sustenta o nacionalismo e isso precisa ser ponderado. Nos últimos  séculos o espaço político foi dominado pelo nacionalismo. O Estado tem descoberto a força do povo nas ruas,  patriotismo fez do nacionalismo uma das forças mais poderosas do mundo moderno. Homens saem nas ruas porque escutam outros gritar,  escrevem porque leem outros escrever,  compartilham noticias porque recebem de outros, tudo isso sem saber exatamente o que está acontecendo, ou se aquilo é um fato verossímil. Então o patriotismo tem dominado um espirito nacionalista no mundo todo, causando muito mais desordem do que  necessariamente solução para os seus indivíduos.

Os seres humanos parecem ter necessidade de obedecer a um grupo maior, estar em evidencia a qualquer preço com aqueles que fazem mais, constroem mais, se afamam mais, vendem mais, e isso é tentador no mundo capitalista. Para as pessoas modernas, essa lealdade é dada à sua nação. No entanto, nossa maior lealdade deve ser para nossas famílias. Os pais devem amar e nutrir seus filhos. As crianças devem honrar seus pais. Os esposos devem honrar suas esposas e vice versa,  para haver uma bandeira do patriotismo  de verdade nas mãos da igreja cristã que prega o moralismo e tem um discurso mais conservador, é necessário antes de tudo, tem um padrão de excelência em sua família.

Nossa próxima maior lealdade deve ser a nossa comunidade local. A Bíblia fala sobre centenas, cinquenta e dez (Dt 1:15). Dez refere-se a dez famílias. Um grupo de dez famílias é a unidade social básica. Essas dezenas se juntarão aos cinquenta ou centenas para fins específicos. Nas culturas tradicionais, isso era leal a um grupo tribal. No mundo moderno, essa deve ser a comunidade local. Não existe fundamento patriota se nossas famílias e comunidades estão em escombros, seu se organizarem como cidadãos leais e respeitosos,  para depois ir para as ruas gritar pela exigência dos direitos, aclamar ou cancelar candidatos, partidos políticos, organizar ou desorganizar-se em grupos nas ruas e dizer que isso é patriotismo.

A comunidade local é onde devemos obter proteção contra o mal. A comunidade local é o lugar onde a justiça deve funcionar (Dt 1:17). A educação funciona melhor em uma comunidade comprometida com a verdade e a justiça social familiar. O bem-estar social eficaz deve ser fornecido dentro de uma comunidade local que é resultado da saúde familiar. E aqui não estou falando da família ( marido e mulher com filhos), mas  a saúde com os sogros, tios, primos, cunhados, pastores, patrões, amigos, funcionários etc

As pessoas modernas se recusam a se comprometer com a comunidade local. Mas eu acredito que  temos que passar por ela para pertencer a algo maior. Alguma fatia da comunidade local precisa estar ligada ao seu espirito patriota, de movimento a favor do País como um todo.

O Estado assumiu todos os papéis que deveriam ser prestados nas comunidades locais. No entanto, promete dar tudo, mas dá muito pouco. É preciso muito, mas oferece muito pouco em troca. Os estados das nações não podem proteger seus cidadãos de crimes violentos. As burocracias nacionais são administradas por programas de assistência social muito ineficazes. A justiça social propriamente dita raramente é justa. Nenhum Estado com políticas meramente humanas e dirigidos por homens que não sejam espirituais,  não pode produzir uma sociedade estável.

Alguns países do mundo tem uma forte tendência a se envolver em guerras. A maioria das guerras do século XX foi impulsionada pelo nacionalismo. O nacionalismo dominou o século XX e terríveis males foram feitos em nome desse movimento. Aqui no Brasil isso começou com Jose de Alencar em 1840, que utilizou modelos nacionalistas franceses em suas obras para descrever as regiões e meios sociais do Brasil. Nacionalismo ou patriotismo é uma mosaico composto de varia peças, que identifica e une partes da nação em um Todo. O espírito de defender valores, cultura e crenças. Por isso o berço dessa concepção se deve fixar na Família, ou comunidade em que se vive.

O problema minha gente, é que comprometemos com um nacionalismo que não pode nos proteger do crime e da violência, que não pode fornecer estabilidade econômica e não pode nos fornecer segurança. O Estado patriota de hoje é um fracasso, com uma fachada de respeitabilidade proporcionada por um patriotismo cego. A pessoa grita pelo nome  nas ruas, se veste de amarelo, e carrega a bandeira dos Estados Unidos na outra mão.

Quando o Reino de Deus vier, as nações desaparecerão. Embora os vejamos como uma parte normal da vida, eles não terão mais lugar no plano de Deus.  Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus (Gl 3:28)

Uma nação não é criada por ter um idioma comum. Portugal e Brasil falam português, mas não são uma nação. Uma cultura comum não cria uma nação, os bolivianos e guatemaltecas falam mesmo idioma e carregam mesmos traços culturais e não são uma única nação. Uma nação é definida por um governante comum: rei ou parlamento. Uma nação é um grupo de pessoas que são governadas pelo mesmo governante político. Uma nação tem um conjunto comum de leis. A fronteira da nação inclui todo o território em que essa lei se aplica.

Quando o Reino de Deus vier, todas as pessoas reconhecerão a lei de Deus. Sua lei será a única lei; portanto, reis e parlamento não terão nada a fazer e deixarão de existir. Se não houver rei ou parlamento, haverá nação. Os únicos limites serão entre as áreas em que a lei de Deus é reconhecida e as nações que ainda desejam leis humanas. Dentro de áreas onde Deus é reconhecido, não haverá limites, porque não haverá reis e parlamento. Haverá um só povo  e um so Deus.

Diferentes localidades e comunidades terão seus próprios juízes, mas todos aplicarão a lei de Deus. Idiomas diferentes podem ser falados em lugares diferentes e a cultura será diferente de um lugar para outro, mas não haverá limites políticos, porque não haverá instituições políticas. Cristo será tudo em todos. Ele poderá levantar reis, príncipes, juízes para governar regiões, mas todos falarão em Nome do Senhor, em Nome da constituição do Reino – escrituras Sagradas e as normas reveladas para aquele momento.

O livro do Apocalipse é sobre a privação de direitos dos reis (e democracias). Eles se esconderão sob as rochas e nas cavernas (Ap 6: 15-16).

Se você quer ser patriota, nacionalista,  seja um reinista,  se especialize no  Estado|Reino que está sendo montado para dominar o planeta, comece dentro de casa,  faça nacionalismo falando bem do Brasil, seja patriota cuidando da Amazônia, amando os Indígenas que são os donos originais dessa terra, respeite os negros que são parte de nossa miscigenação. Para ser um patriota de verdade, é necessário cumprir as escrituras, mesmo que seja da forma que se adeque, você não precisa ser cristão para amar o próximo, ajuda-lo, respeita-lo e honra-lo. Você não precisa ser cristão para acreditar  que a Bíblia prevê exatamente um mundo utópico onde tudo isso será possível, você não precisa ser cristão para esperar por este mundo vindouro que te dará liberdade em ser e fazer tudo aquilo que não cause mal ao seu semelhante. Basta você ser um patriota do Novo Mundo, e dê a ele, o nome que você quiser!  

Junio Alvarenga